domingo, 25 de setembro de 2011

WEB ART


Apreciando alguns trabalhos de web arte do site http://www.fabiofon.com/webartenobrasil/ , como o interessantíssimo mosaico de vozes (2004), de Martha Cruz Gabriel, que oferece uma série de vozes gravadas em pequenos quadrados coloridos de um mosaico virtual, oferecendo certa interação com o observador que se torna parte da obra.
Ao tentar acessar a obra Meio digital? (2002), de Guto Nóbrega, encontrei outro trabalho de sua autoria intitulado “Parla”, se trata de uma instalação de um corpo virtual com o uso de um computador, um microfone e um projetor, funciona como um faixa de áudio, quando capta sons, no sentido vertical, começa a modificar suas 12 camadas começando dos pés do corpo virtual por outras partes de imagens de outros corpos (pessoas) em arquivo. Há ainda uma versão online dessa experiência, disposta em http://www.narrativasdigitais.eba.ufrj.br/parla.swf .
Pelas definições de web art que encontrei na Wikipédia: “...podemos dizer que um site de Web Arte disponibiliza um canal de experiências visuais, sonoras ou temporais com o visitante.
Web arte ou webarte é uma categoria de arte computacional que somente pode ocorrer em redes de computadores. Sua principal característica estética envolve a interatividade, por meio da qual o interagente, atuador ou usuário modifica o conteúdo do trabalho, em tempo real, de modo a transformar o evento em função de sua participação.”, não encontrei muitas obras que não se encaixavam a essa definição e outras eu simplesmente não gostei (prontofalei).
A obra de Jackson Pollock, artista famoso por seus quadros que utilizara a técnica do Expressionismo abstrato, também ganhou uma web art, ou art internet, por Miltos Manetas, onde pode-se simular uma obra do autor, tendo ou não controle sobre as tintas e as cores usadas, é bem divertido. Experimentem: http://jacksonpollock.org/
Na minha opinião, a liberdade que temos para produzir arte com a tecnologia do mundo moderno não basta para que sejamos considerados artistas, assim como toda produção artística, deve-se atentar para o bom senso (o que posso produzir para ser exposto, especialmente se a web art for exibida na rede), o público alvo (onde devo expor meu trabalho para que as pessoas que realmente se interessarão pelo que fiz possam visualizar o conteúdo do que postei).
Falando agora um pouco sobre a internet em nossas vidas, não somente de “sites animados” (algumas web arts são verdadeiros sites animados, sem conteúdo significativo, somente cores ou sons talvez organizados por uma ideia vívida em que o autor, tentando exprimir toda a leveza de seu ser acabou pesando a minha, gosto é gosto, fazer o que!) vivem os artistas. Há movimentos pela internet à fora, como a cultuada comunidade virtual Deviant ART (http://www.deviantart.com/) que abriga obras dos mais diversos artistas, profissionais ou amadores, fazendo esses uso de lápis ou mouse para se expressar. Essa união do material com o virtual é algo tão próprio da web art quanto da arte definida fora do ciberespaço, uma mescla de técnicas e porque não dizer, de oportunidades.
“Fazer é ser, não importam as ferramentas.”
Agora voltando para meus remédios, ir-me-ei acalmar um monstro: meus pensamentos que não me deixam dormir.

Referências: sites: http://www.deviantart.com/ ; http://www.fabiofon.com/webartenobrasil/ ; http://jacksonpollock.org/ ; http://www.narrativasdigitais.eba.ufrj.br/parla.swf  e opinião própria.

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